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Pensamento





24 de fev. de 2010

20 Mandamentos Contra Violência às Crianças


 

Pense 20 vezes antes de bater em uma criança.


 

  1. Bater em alguém mais fraco é em si um ato de covardia.
  2. A palmada tende a ir perdendo seu efeito em longo prazo e a criança aos poucos teme menos a agressão física. A tendência dos pais é, então, bater mais e mais, buscando os efeitos que haviam conseguido anteriormente.
  3. A palmada não resolve os conflitos comuns às relações pais e filhos: muitas das crianças que apanham, mesmo sentindo-se magoadas e amedrontadas, enfrentam os pais dizendo que a "palmada não doeu", e o que era apenas um tapinha leve no bumbum, acaba virando uma tremenda surra.
  4. A palmada, aos poucos, pode afastar severamente pais e filhos, pois a agressão física, ao invés de fazer a criança pensar no que fez, desperta-lhe raiva contra aquele que a agrediu.
  5. Os danos emocionais impostos pela agressão física são geralmente mais duradouros e prejudiciais que a dor física.
  6. Bater pode ser uma experiência traumática para a criança não apenas pela dor física que impõe, mas principalmente porque coloca em risco a credibilidade depositada por ela nos pais, que é a base para sentir-se amparada e segura.
  7. A criança não pode se sentir segura se sua segurança depende de uma pessoa que se descontrola e para com a qual tem ressentimentos.
  8. A criança que apanha tende a se ver como alguém que não tem valor.
  9. Aos poucos a criança aprende a enganar e descobre várias maneiras de esconder suas atitudes com medo da punição.
  10. A criança pode aprender a mostrar remorso para diminuir sua punição, sem, no entanto senti-lo realmente.
  11. Para a criança a palmada anula a sua conduta errada: é com se ela tivesse pago por seu erro, e por issopensa que pode vir a cometê-lo de novo.
  12. A palmada não ensina à criança o que ela pode fazer, mas apenas o que não pode fazer, sem que saiba ao menos o motivo. A criança só acredita ter agido realmente errado quando alguém lhe explica o porquê e quando percebe que sua atitude afeta ou abala o outro.
  13. O medo da palmada pode impedir a criança de agir errado, mas não faz com que ela tenha vontade de agir certo.
  14. A palmada tem um caráter apenas punitivo, e não educativo; ela pode parecer o caminho mais fácil a ser seguido, porque aparentemente tem o efeito desejado pelos pais. É comum a criança inibir o comportamento indesejado por medo, e não pela convicção de que agiu de maneira inadequada.
  15. Muitas das crianças que apanham aprendem a adquirir aquilo que querem através da agressão física e, não raras vezes, apresentam na escola condutas agressivas para com os coleguinhas.
  16. Uma palmada, para um adulto, pode parecer inofensiva. Porém, é importante saber que cada criança atribui um significado diferente ao fato de "levar umas palmadas", podendo tornar-se uma experiência marcante em sua vida futura. Além disso, independente da intensidade do bater, o ato contínua sendo o mesmo: um ato de violência cotnra um ser desprotegido.
  17. Bater é uma forma de perpetuação da "cultura da violência" tão presente nas relações entre as pessoas nos dias atuais, pois ensina às crianças que os conflitos que se resolvem por meio de agressão física.
  18. Bater nos filhos muitas vezes acaba por gerar nos pais fortes sentimentos de culpa, o que leva a procurar compensar sua atitude posteriormente "afrouxando" aquilo que procuravam corrigir.
  19. Bater é um atestado de fracasso que os pais passam a si próprios (Zagury, 1985) porque demonstram para a crinaça que perderam o controle da situação.
  20. O sentido da justiça está em fazer aos outros, aquilo que gostaríamos que nos fizessem. Quando nós adultos agimos de maneira inadequada, não esperamos punição. Esperamos sim que as pessoas nos compreendema e nos ajudem a agir de maneira certa.

Fonte:Projeto Revistinha da Criança

    Este é um trabalho preventivo, com a finalidade de esclarecer a população à importância de evitar agressões e priorizar o diálogo como forma de educar os filhos.

    Este folder foi elaborado com diversas informações de cunho educativo, para que o público também esteja engajado na luta em oposição aos abusos praticados contra crianças e adolescentes. Diga não à violência.

Este folder está sendo distribuído pela DPCA – Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente.

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