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Pensamento





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20 de jul. de 2010

A sabedoria da infância

      Aos cinco anos de idade Lucas comentando sobre a recente separação minha e da sua mãe, disse em sua sabedoria: "Estamos morando em casas separadas, mas que bom que o Senhor está vivo".
      Esta simples e singela, mas sábia observação sempre me é uma forte fonte de sustento para a minha luta e perseverança, para continuar a minha caminhada.
       Com tantas indas e vindas de processos, que não parecem terminar nunca, ela sempre está presente em cada momento dificil que tenho vivido, principalmente quando ela se relaciona ao distanciamento dos meus filhos imposto pela minha ex-esposa.
       Hoje, um dia após a primeira entrevista no SEASIR, que é um dos núcleos do psicossocial da Vara da Infância da Juventude, em que me vejo deprimido por estar de mãos atadas, esta frase é um acalento.
       Muito me incomodou o fato de insistentemente ser inquerido como se de fato fosse um homem violento, tal qual sou taxado por minha ex-esposa. Logo eu que nunca fui dado a brigas e discussões, que nunca gostei de armas e as poucas vezes em que entrei em contato físico, foi para livrar meu irmão ou algum dito amigo de uma confusão. E o que é pior, para não bater, muitas vezes apanhei dela ou tive que sair de casa para não apanhar.
        Não sei dizer se isto faz parte das técnicas aplicadas, mas me sinto agredido e ofendido por ter de ficar dando explicações e justificativas como se fosse um algoz do meus filhos, neste momento, do Lucas.
        Apesar de visualizar que a alienação parental é praticada por pais e mães doentes, percebo aquele tão falado preconceito com o homem, que sempre está como vilão da estória, enquanto a mulher posa de inocente e pura.
        Triste ver que este termo cunhado no sofrimento de muitos pais e algumas mães, não é aceito pelos técnicos do judiciário, quando o que realmente importa não é como lhe classificam, mas sim que existe a manipulação, que ela é real e cruel para a criança.
        Nunca concordei e aceitei que filhos fossem usados como armas de disputas ou meios de agredir o ex-conjuge, mas sinto que quando se trata de uma mulher manipuladora, o judiciário ainda não está preparado.
        Apesar de juridicamente não ter tido o meu poder familiar destituído, na prática isto não ocorreu, apoiado numa mentira, minha ex-esposa coloca para o Lucas que estou proibido pelo promotor de vê-lo, o que realmente acaba acontecendo, me restando duas opções apenas:
  • Solicitar a busca e apreensão do menor, como se o Lucas fosse um objeto;
  • Aguardar que mais este processo chegue ao fim e orar para que a verdade apareça.
       Prefiro a segunda opção, porque apesar de saber que meu filho não está bem, que está sofrendo, que está sendo massacrado, sua sabedoria infante me é a maior fonte de inspiração.
      É meu filho, estamos longe, mas você está vivo e se está vivo, tudo é remediável,

6 de fev. de 2010

Sou simplesmente um homem

 
              Sou branco, tenho mais de dezoito anos e portanto não sou menor, também tenho menos de sessenta e cinco anos, sou Católico, sou hetero, classe média, saúde física e mental  ótima, sem nenhuma limitação.
              Não tenho vagas reservadas no estacionamento, atendimento preferencial, programas do governo que cuidem da minha saude, programas de ajuda (sugiro que o Governo crie o Vale Homem), tratamento diferenciado,  caso chegue aos dez minutos do banco fechar terei que ficar de fora e se ocorrer um acidente com um navio serei o ultimo a desembargar, se sobrarem botes...
              Tenho que pagar a minha passagem no onibus integralmente, não tenho porta preferencial e nem acento reservado, mas mesmo assim sou eu que pago  INPS, ISS, PIS, PASEP, FGTS, IR (este último é uma facada) integralmente.
               Em caso de guerra, serei a maioria, como sou a maioria nos casos de violência das grandes cidades e os casos de violência doméstica, bom, estes não aparecem, porque que homem em sã conciência teria coragem de ir a uma delegacia contar que apanhou de uma mulher? E caso o faça, terá que ir a uma delegacia, aonde existem outros homens, mas que não vão te levar a sério, isto se não fizerem piada.
                Amigo, reze para não ter de ir a DEAM, porque você lá verá literalmente a expressão: Homens não prestam, são uns cafagestes. Lá você será um criminoso sórdido e vil, já foi julgado e condenado, suas palavras são lixo.
               Ainda não consegui comprar a minha casa, moro em Brasília desde 1986 e não fui e não serei agraciado com um lote, a minha inscrição na antiga SHIS, sumiu... terei de fazer outra e o tempo contará todo de novo. Pago o meu gás, o meu leite, a escola dos filhos... bem neste caso ainda estou conseguindo manter alguns na escola publica. Opa, um benefício... bom mas são para os meus filhos e eles tem menos de 18.
             As leis atuais que inibem o crime de racismo, ou qualquer outro preconceito, as agressões físicas e psicológicas que as mulheres sofrem, que protejam o idoso e a criança, são necessárias, mas o rumo que tomamos torna o homem desprotegido e aquela fragilidade a que a justiça tentou proteger, passou a ser a força que alguns utiizam para conseguir benefícios.
              A sociedade e a própria justiça tem agido com preconceito, mas ele é contra o homem.