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Pensamento





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9 de set. de 2011

Como educar sendo o pai do McDonald's










     Fui por um longo tempo o pai do McDonald's, como só via os meus filhos nos finais de semana, não tinha muito tempo com eles, eu tinha que aproveitar ao máximo.
     Dois dias a cada quinze dias! Educar, passou a ficar em segundo plano, era preciso um tremendo jogo de cintura para falar sobre escola, comportamento, obrigações, responsabilidades sem criar conflitos e estragar o final-de-semana.
     Sempre que possível criei programações diferentes: cinemas, passeios no parque, passeios no clube, jogos na lan-house ou no computador em casa, etc. Mas nem sempre isto era possível, a falta de um carro limitava muito, isto sem falar no dinheiro curto. Haja imaginação até nesta hora. Este momento tinha que ser impecável e permitir uma interação completa.
     Uma artimanha que desenvolvi foi utilizar os jogos para passar as mensagens necessárias, de forma sutil, mesmo aqueles temidos jogos violentos de guerra e luta. Mas o meu preferido eram os filmes, as animações como o "Irmão Urso", "Espirit", "Robos", etc, com excelentes conteúdos, tratando de amizade, responsabilidade, perserverança, fé e até empreendendorismo eram ferramentas excelentes.
      O hábito de conversar, de explicar e apresentar exemplos sempre habitual e sempre preferi as coisas de maneira bem lúdiga. De certa forma estava em vantagem porque nunca gostei da educação pelo medo, sempre preferi a educação pelo exemplo. Sempre detestei a frase: - Faça o que eu falo, mas não faço o que faço. Sem falar na famigerada: "Faço o que eu estou lhe madando se não quizer apanhar". 
      Não que eu não tenha perdido a cabeça algumas vezes e ofertado alguns castigos bem duros ou mesmo dado umas palmadas, confeço, algumas vezes exagerei, nada de absurdo e violento, mas sempre foi algo que muito me incomodou. 
     Costumo dizer que para eu jogar mais duro e chutar o pau da barraca, somente duas coisas: uma falta de respeito muito grande ou quando a criança se coloca em risco. Fazer arte ou aprontar não estão nestes critérios, nenhum dos meus filhos aprontou mais ou foi mais arteiro do que eu quando criança. Certa vez estava ligando o meu irmão ao fio elétrico para ver se a lâmpada em sua boca acenderia, só para citar uma exemplo. 
      Um momento sempre muito delicado é não falar mal da mãe ou do pai, por mais que você esteja magoado ou chateado, mesmo quando você ouve algumas coisas absurdas de seus filhos. Lembro-me de duas passagens com o Lucas. 
- Pai, porque você quer saber como a minha mãe está, ela diz que quer ver o senhor se f...!"  Fiz a a seguinte pergunta para ele: - Para você ser feliz, sua mãe não tem de estar bem? Então eu preciso ajudá-la no que for preciso.
- Pai, se a minha mãe era tão boa porque vocês se separaram? Simples, meu filho, o amor acabou e os conflitos começaram, mas isto não significa que eu ou ela somos ruins, simplesmente era menos pior solução separar.
     Ser pai/mãe apenas nos finais-de-semana torna a vida muito complicada, porque a convivência é muito curta, quase diminuta para quem não detem a guarda e a responsabilidade é muito intensa e cansativa para quem tem a guarda. Por isto, sempre acreditei que a guarda compartilhada é a melhor solução. Onera menos os dois, permite uma maior convivência de ambos com os filhos. Os pais não se entendem? Então sejam encaminhados para tratamento psicológico e resolvam esta questão doentia, porque não são capazes de se entenderem pelos próprios filhos, então estão doentes. 
      O verdadeiro segredo para os pais e mães do McDonald's é agir com um profundo amor, não só por seus filhos, mas por seu ex. Pois é, Cristo sabia das coisas, amar ao próximo como a ti mesmo, mas que valor tem amar quem te ama? O negócio é amar o seu inimigo, não é mesmo!?

5 de set. de 2010

Construindo a descontrução

          Recentemente me foi proposto pelas profissionais da Vara da Infância e Juventude, iniciar uma terapia familiar, isto talvez viabilizasse a reaproximação com o meu  filho e quem sabe resolveria os conflitos com a minha ex-esposa.
         Diante das constantes ofensas que venho recebendo da minha ex-esposa, senti uma grande angustia em ter de manter contato com ela, mas aceitei a proposta, porque o mais importante para mim era resolver o problema, mas não me surpeendi ao saber que ela não aceitou e que só iria se fosse determinado judicialmente.
         Infelizmente, acompanhamento com psicólogos e terapeutas não costumam ser eficientes quando determinados pela justiça, já que o requisito básico para uma mudança é a vontade de mudar, se vou a um profisisonal destes forçado por alguém, não tenho o desejo de mudar, portanto, vou tentar sabotar o tratamento.
         É claro que considero válido a iniciativa, mas conheço a minha ex-esposa, não acredito que isto vá ajudá-la, com ela, só Jesus na causa e para isto tenho orado, estou só precisando orar mais e mais.

         Uma separação por si só já é traumática para os filhos, mas o que mais causa problemas são as divergências entre os pais, que mesmo após a separação perpetuam as brigas e discussões, a principal causa do divórcio e que deveria ter encerrado.

          No meio desta guerra insana estão os filhos que divididos não sabem a quem devem apoiar, as vezes pendem para um determinado lado, normalmente aquele que se apresenta mais frágil, outras vezes se tornam indiferentes e na grande maioria dos casos sofrem tanto que tornam-se depressivos.
          A partir de agora são dois lares e portanto duas maneiras diferentes distintas de educar, estas diferenças que antes até certo ponto eram negociadas, a partir de agora são acentuadas e tornam-se causa de problemas e dores de cabeça.
          Um bom exemplo disto é quando a mãe diz que o filho não pode tomar sorvete, mas vai passear com o pai no dia da visita e este o leva a uma sorveteria, ora bolas, a criança está com a mãe e ao retornar poderá estar com a gripe acentuada, não era mais simples apenas ter observado que realmente a criança não estava bem e respeitado a criança.
          Por outro lado, tens mães que querem que o pai aplique um "castigo" ao filho porque este aprontou alguma durante a semana. O pai que só vê o filho de quinze em quinze dias, deve punir seu filho, como por exemplo, não indo passear, poxa, se eles só se vêem por um curto espaço de tempo, não minha opinião não faz sentido algum aplicar um castigo neste momento.
         A questão principal é que o diálogo entre o pai e a mãe não existe, um constrói, o outro destrói. Mas eles são tão egoistas que são incapazes de esquecer suas próprias diferenças e atender as necessidades dos filhos, aqueles que eles dizem que tanto amam, mas que estão renegados a segundo plano, porque o importante é perturbar o ex-conjuge.
         Não consigo aceitar e admitir que pais e mães continuem destruindo a vida dos próprios filhos em nome de um revanchismo imaturo.
         A lei que criminaliza a Alienação Parental é um grande avanço para conter e coibir o afastamento que muitos pais e mães impõe aos filhos na convivência com o ex, mas ataca a conseqüência e não a causa, é preciso tratar a causa, o litigio constante e esta situação deve ser atendida no momento em que ocorre o pedido de separação.
         Isto só será possível fortalecendo e preparando cada vez mais os núcleos psicossociais dos tribunais, pois apesar da discussão ser jurididica,  a questão a ser resolvida é de ordem psicológica.

14 de mai. de 2010

Projeto de Lei - Guarda de Animais de Estimação

    Esta na Câmara dos Deputados um peculiar projeto de lei, na minha opinião desnecessário mas conta com o apoio dos defensores e donos dos animais de estimação, o PL-7196/2010, do parlamentar Márcio França (PSB/SP).
    Este projeto trata da guarda de animais de estimação em casos de separação litigiosa do casal, o projeto dá um outro tratamento aos animais domésticos. A justificativa do projeto, é que muitos casais que tratam seus animais de estimação como parte da família e na separação conflituosa, os bichos domésticos acabam sendo partilhados de acordo com o que ditar o regime de bens do casal.   
    A proposição  prevê guarda unilateral, quando um dos cônjuges provar ser seu legítimo proprietário ou a quem demonstrar ter maior capacidade para o exercício da posse responsável do animal. O texto do PL traz expressa também a guarda compartilhada do animal, mas não explicita em que casos e como esta seria decretada. 
    Quando me separei o meu pastor alemão, Sheik  e a vira-lata dos meninos, Kiki, ficaram comigo.
      Eu me ponho a imaginar e fico a pensar como seria se esta lei tivesse valendo na época da minha separação. A minha ex-esposa teria levados os cachorros e eu ficaria proibido de vê-los, a alegação? Tratamento desumano, eles eram tratados como animais, afinal de contas, moravam no canil e comiam ração. Eu estaria preso, não teria argumentos contra aquela irrefutável verdade.
       De certo, com o decorrer do tempo, eu teria sido acusado de abuso sexual contra os cachorros. Como cachorro não fala, valeria apenas o depoimento da minha ex-esposa, e inocente, eu teria sido condenado por tão vil atitude. Mesmo porque eu é que dava banho no Sheik e na Kiki, com certeza encontrariam algo de obsceno naquele banho....
       As visitas teriam sido restringidas ao máximo e nem todo final-de-semana eu poderia ir ao parque andar de bicicleta como fazia sempre, levá-los no veterinário ou comprar um presente na pet-shop.
       Será que cachorro sofre de alienação parental? Se sofresse eu seria mordido. Tenho pena de quem tem um pitbul, complicado seria para os donos de papagaio que repetiriam as frases alienantes: - "Seu pai, currupaco, é um monstro." "- Sua mãe é um vaga... currupaco!, donos de gatos seriam sumariamente arranhados até a alma, e aqueles que criam animais selvagens... já pensou um leão, nossa, o melhor é comprar um peixinho, porque até um ramester alienado poderia ser perigoso.
       Tai a palavra chave, donos, dos animais somos donos, relação meio complicada esta. Se ex-marido e ex-esposa doentes agem como se filhos fossem propriedade, o que seriam dos pobres animais de "estima ação", se filhos são adestrados como animais, os animais então, nem se fala.
       Mas o que realmente importa é que o legislador deveria estar preocupado com as relações humanas, com o litigio que ocorre nas separações e portanto em resolvê-los e não promover leis absurdas e descabidas como estas.