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Pensamento





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5 de set. de 2010

Construindo a descontrução

          Recentemente me foi proposto pelas profissionais da Vara da Infância e Juventude, iniciar uma terapia familiar, isto talvez viabilizasse a reaproximação com o meu  filho e quem sabe resolveria os conflitos com a minha ex-esposa.
         Diante das constantes ofensas que venho recebendo da minha ex-esposa, senti uma grande angustia em ter de manter contato com ela, mas aceitei a proposta, porque o mais importante para mim era resolver o problema, mas não me surpeendi ao saber que ela não aceitou e que só iria se fosse determinado judicialmente.
         Infelizmente, acompanhamento com psicólogos e terapeutas não costumam ser eficientes quando determinados pela justiça, já que o requisito básico para uma mudança é a vontade de mudar, se vou a um profisisonal destes forçado por alguém, não tenho o desejo de mudar, portanto, vou tentar sabotar o tratamento.
         É claro que considero válido a iniciativa, mas conheço a minha ex-esposa, não acredito que isto vá ajudá-la, com ela, só Jesus na causa e para isto tenho orado, estou só precisando orar mais e mais.

         Uma separação por si só já é traumática para os filhos, mas o que mais causa problemas são as divergências entre os pais, que mesmo após a separação perpetuam as brigas e discussões, a principal causa do divórcio e que deveria ter encerrado.

          No meio desta guerra insana estão os filhos que divididos não sabem a quem devem apoiar, as vezes pendem para um determinado lado, normalmente aquele que se apresenta mais frágil, outras vezes se tornam indiferentes e na grande maioria dos casos sofrem tanto que tornam-se depressivos.
          A partir de agora são dois lares e portanto duas maneiras diferentes distintas de educar, estas diferenças que antes até certo ponto eram negociadas, a partir de agora são acentuadas e tornam-se causa de problemas e dores de cabeça.
          Um bom exemplo disto é quando a mãe diz que o filho não pode tomar sorvete, mas vai passear com o pai no dia da visita e este o leva a uma sorveteria, ora bolas, a criança está com a mãe e ao retornar poderá estar com a gripe acentuada, não era mais simples apenas ter observado que realmente a criança não estava bem e respeitado a criança.
          Por outro lado, tens mães que querem que o pai aplique um "castigo" ao filho porque este aprontou alguma durante a semana. O pai que só vê o filho de quinze em quinze dias, deve punir seu filho, como por exemplo, não indo passear, poxa, se eles só se vêem por um curto espaço de tempo, não minha opinião não faz sentido algum aplicar um castigo neste momento.
         A questão principal é que o diálogo entre o pai e a mãe não existe, um constrói, o outro destrói. Mas eles são tão egoistas que são incapazes de esquecer suas próprias diferenças e atender as necessidades dos filhos, aqueles que eles dizem que tanto amam, mas que estão renegados a segundo plano, porque o importante é perturbar o ex-conjuge.
         Não consigo aceitar e admitir que pais e mães continuem destruindo a vida dos próprios filhos em nome de um revanchismo imaturo.
         A lei que criminaliza a Alienação Parental é um grande avanço para conter e coibir o afastamento que muitos pais e mães impõe aos filhos na convivência com o ex, mas ataca a conseqüência e não a causa, é preciso tratar a causa, o litigio constante e esta situação deve ser atendida no momento em que ocorre o pedido de separação.
         Isto só será possível fortalecendo e preparando cada vez mais os núcleos psicossociais dos tribunais, pois apesar da discussão ser jurididica,  a questão a ser resolvida é de ordem psicológica.

27 de jul. de 2010

Missão quase impossível

         O Tribunal de Justiça do DF tem como missão proporcionar à sociedade do Distrito Federal e dos Territórios o acesso à Justiça e a resolução dos conflitos, por meio de um atendimento de qualidade, promovendo a paz social.
        Tendo como visão que até 2016 apresentarará resultados que reflitam o aumento da produção, eficiência e qualidade em sua atuação. 
        Estabelecendo como valores a Celeridade, Transparência, Excelência, Ética, Pró-atividade, Eficácia, Imparcialidade e Coerência.
        Na sua grande maioria os tribunais Brasileiros e ai se incluem os do Distrito Federal consequem um atendimento de qualidade, que dirá promover a paz social, muito pelo contrário, mesmo com salários tidos como elevados para os padrões do funcionalismo público, os serventuários da justiça promoveram e deflagram uma greve, que pouco foi noticiada nos jornais, mesmo os de grande circulação no pais.
       Milhares de processos já morosos, foram paralisados, consequentemente milhares de litigios não foram resolvidos e mesmo aqueles em que se deveria ter uma atenção especial, como os de crianças em situação de risco, foram atendidos. Não sei dizer se a própria justiça, neste caso a trabalhista, considerou a greve ilegal ou não, mas provavelmente não porque até ela estava paralisada. 
       Quando ocorre uma palisação de médicos, enfermeiros e demais funcionários da saúde a justiça trabalhista costuma determinar uma cota de funcionamento para que não se pare os serviços essenciais, será que na justiça não há serviço essencial? Vejo que quem procura o judiciário  é como um doente que procura um hospital, só que são doentes de espírito, porque nem nos hospitais que visitei quando voluntário da pastoral da saúde, senti tanta dor e sofrimento, quando o que vejo nos tribunais.
             Como a meta é 2016 e ainda faltam seis anos, espero que antes deste prazo os princípios que o TJ pretende como norteadores sejam alcançados plenamente, particularmente não gostaria de esperar tanto tempo, pois a necessidade é imediata e urgente.
          Se é doloroso ver a corrupção no executivo, mais ainda o é no legislativo, mas quando ela ocorre no judiciário é apavorante, porque é este o órgão mais importante para a população, afinal de contas, ele é o responsável por fiscalizar e fazer cumprir a lei, se o próprio cão que coloco para viajar as galinhas compactua com a raposa, que segurança terei?
          Quando o judiciário não cumpre sua missão fazendo valer seus valores, ele se torna omisso, e a omissão é uma das maiores faltas que alguém pode cometer.

10 de jun. de 2010

Justiça Feita

          Durante esta longa caminhada, as dificuldades e sofrimentos costumam ser enormes e uma simples noticia pode ser desanimadora, aumentando ainda mais a angustia e o desânimo.
          Mas Deus na sua imensa sabedoria nos coloca muitas vezes em contato com verdadeiros anjos e assim tem sido durante todo este tempo, pessoas tão especiais que nos acalmam, com sua simpatia, serenidade e sabedoria.
           E hoje conversei novamente com uma pessoa da Vara da Infância e Juventude e o que poderia ser apenas uma noticia ruim, como de fato foi, pois fui informado que devido a greve da Justiça o meu processo estava parado, me foi dito de uma maneira tão simpática e carinhosa, que em vez de me desanimar, trouxe-me tranquilidade e paz.
           Agradecer a esta pessoa que se destacou no meio de tantos profissionais dentro da justiça seria o minimo a fazê-lo, registrei este elogio na ouvidoria e espero em breve poder fazê-lo pessoalmente.
           Louvo a Deus imensamente porque ele nos permite no meio de tanto sofrimento ainda ter esperanças e fé, ver pessoas tão sublimes assim é um grande acalanto e hoje durmirei mais tranquilo por ainda poder acreditar nos seres humanos.

18 de fev. de 2010

A Síndrome da Alienação Parental existe?


          Tenho percebido a resistência de algumas pessoas e principalmente profissionais como psicólogos e assistentes sociais, em admitir a existência da Sindrome da Alienação Parental, alegando que tal "doença" não existe.
          A palavra Síndrome significa o conjunto de sintomas que se apresentam numa doença e que a caracterizam, a palavra Alienação significa, dentre outras coisas, desarranjo das faculdades mentais, arrebatamento, enlevo, indiferentismo moral, político, social ou apenas intelectual, já a palavra Parental significa o que é relativo a parente.
         Arrisco-me a dizer então, que a definição poderia ser : Quando um conjunto de sintomas caracteriza a fúria e prazer pelo indiferentismo moral, social e intelectual no que se refere a um parente ou vários. Sim, porque a situação não ocorrer só com os pais, mas com mães, avós, avôs, tios, tias, primos, irmãos, irmãs.
          Pelo que vivi e pelo que tenho visto, ouvido e lido, para que a Alienação Parental ocorra é necessário uma relação de poder, exatamente como ocorre no Assédio Moral, Assédio Sexual, Estupro e até mesmo na prática da Pedofilia. 
          O assédio sexual é apenas um desmembramento do assédio moral, mas para que ele ocorra é preciso que haja uma relação de poder, de dependência entre quem é assediado e quem assedia. Não se engane em achar que são somente os homens que assediam, as mulheres também o fazem, mas em número menor, porque infelizmente o machismo ainda as mantém ocupando cargos subalternos. Quem comete o assédio não é necessariamente um psicopata, ou um perturbado mental, mas a relação de poder lhe facilita a situação e ele por falta de princípios morais e éticos a pratica. Acredito que a pessoa tem algum problema na sua formação que a conduz a tomar tal atitude.
         Para o estupro é necessário também uma relação de poder, o prazer do estuprador está em usar a força, em submeter a vítima e não no ato sexual em si. Dizem até que quando uma mulher se demonstra interessada, o estuprador costuma desistir, não sei isto é verdade. O mais curioso é o estupro só ocorrer quando um homem penetra o seu pênis na vagina de uma mulher, sim porque se a mulher abusar de um homem é atentado violento ao pudor.
         A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, como também um desvio sexual pela OEM - Organização Mundial de Saúde, "que caracterizado pela atração por crianças, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo pela prática de obscenidades ou de atos libidinosos". Ele ocorre porque uma criança não tem como se defender de um adulto e nem mesmo faz idéia do que está ocorrendo, ou seja, há uma relação de poder ou dependência. O adulto malicioso e experiente conduz uma criança, a cometer um ato libidinoso e imoral.

         Mas um estuprador pode não ser necessariamente um doente mental, porque o estupro ele pode ocorrer eventualmente, se bem que eu particularmente ache que um homem que força uma mulher a manter relações com ele e depois alega que estava bebado, não é normal e teve a bebida apenas como um potencilizador. Sem falar que é costume dos estupradores colocarem a culpa nas suas vítimas, dizendo que eles foram provocados porque a roupa era justa, porque ela era bonita, etc.
         E quantos casos de assédio moral e assédio sexual são cometidos por pessoais ditas "normais"? Homens bem casados, filhos saudáveis, profissionalmente bem sucedidos... 
          A pedofilia e o estupro são crimes, o estuprador pode ou não ser necessariamente um doente mental. 
          O assédio sexual foi criminalizado, mas o assédio moral não, e desconheço alguma doença que esteja associada a eles e que tenha registro na OEM. Mas o livro Assédio Moral, a violência perverna no cotidiano, traz a tona um termo que relaciono diretamente a SAP, o Narcizisita Perverso.
         O Narcizista Perverso é alguém que tem prazer em destruir a imagem do outro para dele assumir o seu controle.Arrisco-me a dizer que aquele que pratica a SAP é um Narcisista Perverso.
         Muitos acham que o objetivo de alguém que pratica a SAP seja o filho(a) , mas engana-se, pois o objetivo é o controle do antigo parceiro, controle este que foi perdido com o fim da relação. O filho é arma e é ele o mais prejudicado com a situação, mas como todo narcisista, o alienador está preocupado consigo próprio e seus objetivos, não percebendo portanto a desturição da criança.
         Prezados psicólogos, assistentes sociais, demais profissionais do judiciário e também aos nossos legisladores. Dizer que não existe a alienação parental, seja qual for o nome que se dê ao problema é como dizer que não existe estupro, assédio sexual ou até mesmo a pedofilia. Até porque em algumas culturas tais práticas podem ser consideradas normais, mas na minha opinião são crimes repugnantes.
         Dizer que criminalizar a prática da SAP seria um ato de revanchismo de uma parte com a outra, seria como dizer que a a Lei Maria da Penha seja um ato de revanchismo. Em ambos os casos ocorre a agressão, mas na ultima a agressão é visivel nos olhos roxos e nas pernas esfaceladas, mas na SAP as marcas profundas, mas invisiveis e eternas, nos nossos filhos.
         Pouco importa qual o termo que se adote ou se isto é ou não uma síndrome, mas sim que é uma triste realidade e que tem ocorrido com cada vez mais freqüência.
         Não espero que os juristas entendem, sua interpretação é a lei, mas vocês profissionais psicólogos e assistentes sociais, humanos, humanizados pela profississão, interpretradores do ser humano, são vocês os responsáveis pela mudança de paradigma e a luta por nossos filhos, porque sabem que estes serão os adultos de amanhã que tenderam a repetir os atos cometidos por seus pais e mães.

Fontes de Pesquisa:
http://michaelis.uol.com.br/
http://ec.europa.eu/civiljustice/parental_resp/parental_resp_cyp_pt.htm#1.
http://www.alienacaoparental.com.br/o-que-e#TOC-O-que-a-Aliena-o-Parental-
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=13252
http://pt.wikipedia.org/
Assédio Moral, A Violência  Perversa no Cotidiano de Hirigoyen, Marie France