Seguindo em frente, sempre.

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Pensamento





6 de fev. de 2010

Sou simplesmente um homem

 
              Sou branco, tenho mais de dezoito anos e portanto não sou menor, também tenho menos de sessenta e cinco anos, sou Católico, sou hetero, classe média, saúde física e mental  ótima, sem nenhuma limitação.
              Não tenho vagas reservadas no estacionamento, atendimento preferencial, programas do governo que cuidem da minha saude, programas de ajuda (sugiro que o Governo crie o Vale Homem), tratamento diferenciado,  caso chegue aos dez minutos do banco fechar terei que ficar de fora e se ocorrer um acidente com um navio serei o ultimo a desembargar, se sobrarem botes...
              Tenho que pagar a minha passagem no onibus integralmente, não tenho porta preferencial e nem acento reservado, mas mesmo assim sou eu que pago  INPS, ISS, PIS, PASEP, FGTS, IR (este último é uma facada) integralmente.
               Em caso de guerra, serei a maioria, como sou a maioria nos casos de violência das grandes cidades e os casos de violência doméstica, bom, estes não aparecem, porque que homem em sã conciência teria coragem de ir a uma delegacia contar que apanhou de uma mulher? E caso o faça, terá que ir a uma delegacia, aonde existem outros homens, mas que não vão te levar a sério, isto se não fizerem piada.
                Amigo, reze para não ter de ir a DEAM, porque você lá verá literalmente a expressão: Homens não prestam, são uns cafagestes. Lá você será um criminoso sórdido e vil, já foi julgado e condenado, suas palavras são lixo.
               Ainda não consegui comprar a minha casa, moro em Brasília desde 1986 e não fui e não serei agraciado com um lote, a minha inscrição na antiga SHIS, sumiu... terei de fazer outra e o tempo contará todo de novo. Pago o meu gás, o meu leite, a escola dos filhos... bem neste caso ainda estou conseguindo manter alguns na escola publica. Opa, um benefício... bom mas são para os meus filhos e eles tem menos de 18.
             As leis atuais que inibem o crime de racismo, ou qualquer outro preconceito, as agressões físicas e psicológicas que as mulheres sofrem, que protejam o idoso e a criança, são necessárias, mas o rumo que tomamos torna o homem desprotegido e aquela fragilidade a que a justiça tentou proteger, passou a ser a força que alguns utiizam para conseguir benefícios.
              A sociedade e a própria justiça tem agido com preconceito, mas ele é contra o homem.

Um comentário:

  1. Muito bem colocado, parabéns pela reflexão. Muita sorte e serenidade para você e todos os pais amorosos deste país.

    Aquele abraço.

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