Sentado na varanda da minha casa, observando o tempo passar, observei um passáro que na grama pousou, bem próximo de mim ele ficou, indiferente a minha presença ele passeou por meu jardim, para depois voar para um destino incerto.
Não sei se um dia voltei a vê-lo, porque d'aquele passáro existem muitos e se ele voltou a me visitar não sabederei dizer.
Mas a bem da verdade, nenhum passou por onde eu costumo ficar com os meus pensamentos.
Estes passáros livres não sobrevivem as nossas gaiolas, protetoras e sufocantes, se rebelam e voam para longe de nossos corações.
Não é justo que o mundo leve-os para tão longe que nossos olhos não possam ver.
De maneira alguma quero interferir nestes vôos, mas quissá orientá-lo para um vôo seguro, avisar sobre os anteparos e perígos, aquele gavião matreiro que insisti em devorá-lo, como fazer se não posso vê-lo.
Ademais é devarás prazeroso ver aquele passáro em seus vôos, suas asas abertas desafiando a gravidade.
De certo algum dia será o passáro que fixará os olhos para no quintal da minha casa não me encontrar, mas até lá, estarei sempre a me encatar com o seu vôo.
Um dia descobri que um gavião matreiro é que havia levado o meu pássaro, mantinha-o nas suas garras viajantes, preso em suas presas mentirosas, com promessas insanas de um vôo mais liberto.
Sofri, chorei, vi meu coração rasgar, tentei gritar, gritei, minhas lágrimas verteram, mas era tarde o gavião se foi e meu pássaro preso, acreditava-se livre.
Certa feita surgiu com sua asa ferida a bala, outras tantas vezes desorientado, cuidei de suas feridas para vê-lo ser levado novamente por aquele maldito gavião.
Sofri, chorei, meu coração rasgado não aguentava mais, gritei rouco para ver no ocaso, que nada adiantava pois grito abafado não se ouve.
Orei, ergui minhas para os céus e de joelho implorei, meu Deus, porque me abadonastes, foi quando o céu se abriu e das mãos de Nossa Senhora recebi o meu pássaro livre, aquele mesmo que nos meus jardins passeava, curado pelo sangue precioso de Nosso Senhor Jesus Cristo, resgatado das entranhas do gavião
Acordei suado, minha alma lavada com minhas lágrias e vi nos meus braços o meu filho amado, Leandro.
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