Seguindo em frente, sempre.

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Pensamento





2 de fev. de 2010

Quero ter o direito de ser pai

    A minha separação ocorreu a pedido da minha ex-esposa, com uma falsa acusação da DEAM – Delegacia da Mulher por uma suposta agressão ela justificou sua saida de casa. Mesmo sem marcas e sem testemunhas, a ocorrência foi registrada para que em seguida fosse retirada por ela mesma.

    Esta acusação foi utilizada como argumento para seu afastamento da casa e dos meus filhos, o que impediria que eu a acusasse por abando do lar e a permitiu obter a guarda provisória antecipadamente. Posteriomente esta mesma acusação viria a ser utilizada nos outros processos.

    Nada se apurou, nada se provou, mas ficou o que foi dito.

    Fui contra os conselhos que recebi do meu orientador espiritual, Pe. José da paróquia Nossa Senhora da Saúde, meu conselheiro e amigo do Encontro de Casais, José Augusto Paiva Gamae, meu advogado na época e minhas próprias orações e entrei com o pedido de visita, que logo foi contestado com as mesmas falsas acusações. Percebendo que era era uma briga o desejo, resolvi voltar atrás e retirei o meu pedido de visita, aguardando que elas fossem regulamentadas quando da audiência de conciliação da separação, como de fato foi.

    Durante longos nove meses fiquei sem ver o Gabriel e o Lucas, não os vi nos aniversários deles, no meu, nos dias dos pais, somente em novembro as visitas finalmente foram regulamentas.

    Neste período o único contato que tive foi por telefone,quando eles conseguiam atendê-lo, pois caso contrário o telefone era desligado. E graças a uma estratégia que desenvolvi, mandei presentes e bilhetes pelo amigo Jose Augusto Gama.

    No dia dos pais aproveitei e fui à escola dos meninos, consegui falar tranquilamente com o Gabriel, já que na escola dele não tinha festa. Mas na do Lucas o constrangimento começou logo na entrada, observado e seguido pela Diretora, Professora e funcionários, vi a tristeza e a dor nos olhos do Lucas que só melhoraram quando viu que eu estava presente, a felicidade estampada naquele rosto só não foi completa porque a tristeza dos olhos era visível. Graças a Deus, correu tudo bem, ele e eu aproveitamos muito bem aquele momento. Novo problema na hora da saída, pois a minha ex-esposa estava viajando e não tinha ninguém para buscá-los. A Diretora da escola do Lucas, preocupada que "o monstro" levasse-o embora e sem nenhum mecanismo legal para deter-me, acompanhava-me apreensiva. Sabiamente liguei para uma colega de trabalho da minha ex-esposa, que mesmo resistente, veio e buscou-o para surpresa da Diretora, que demonstrou perceber que algo havia de errado no que havia lhe dito de ruim a meu respeito, afinal de contas, aquela atitude não combinaria com "o monstro".

    A regulamentação de visitas chegou, mas os problemas não acabaram. Primeiro natal, primeiro ano-novo, natal com ela, ano novo comigo. Enganam-se, porque o natal com ela e o ano novo também. No dia 30 de dezembro recebo uma ligação e com uma voz tranquila recebi um pedido da ex para que eles ficassem com ela também naquela virada de ano, já que eles já haviam combinado uma viagem de férias.

    Sempre foi assim, algumas vezes um pedido doce e suave, outras vezes uma impositura, dependia do momento e das circunstâncias. Tudo dependia do interesse, mas do interesse dela. Via os meus filhos sempre quando ela queria, nunca existiu respeito pelo o que a Justiça havia determinado.

    Minha postura mudou após a primeira acusação de pedofilia, mas não obtive sucesso, o que vi foi um jogo de empurra em empurra de um judiciário ineficiente e incompetente. Orientado pelo próprio promotor da 3ª Vara de Família, que cuidou do processo desta acusação, registrei a ocorrência na delegacia, acompanhado por uma testemunha que viu e ouviu as recusas de permitir a visita, mas fiquei sem ver os meus filhos e nenhuma providência foi tomada, mesmo tendo comunicado ao judiciário.

    Solicitar apoio policial é tolice, pois estas situações são encaradas por eles como picuinhas de casais e não adianta estar escrito que pode ser solicitado apoio policial para o cumprimento da ordem judicial, nenhum policial leva isto a sério.

    Ou seja, a situação não mudou, via-os quando ela queria.

    Durante o decorrer do processo na Vara de Família passei a ver temporariamente os meus filhos as quartas e domingos, a penas durante o dia. No decorrer deste período, instatisfeita por não obter sucesso com o Psissocial Forense, uma ocorrência na DPCA – Delegacia da Criança e Adolescente foi registrada, mais vil, mais sórdida. Mas isto não alterou a já restrita visita, apenas criou o costumeiro constrangimento.

    Processos arquivados ficou provado que nada do que eu fora acusado era verdade, ao contrário, minha relação era saudável com os meus filhos e tudo indicava uma manipulação por parte da mãe, que é o primeiro sinal da Alienação Parental.

Segundo a minha advogada o próprio judiciário poderia processá-la por denunciação caluniósa, mas isto não foi feito e restava a mim esta dificil e constrangedora atitude. Após uma conversa com o Lucas e com o Gabriel, por entender que a discussão e o problema de vê-los se encerravam ali, aceitei o pedido deles e não entrei com nenhum processo, afinal de contas, minha honra fora sujada e um processo só traria mais sofrimento para os meus filhos. Qual o valor que se a perda que tive? Constrangimento, distanciamento dos filhos, humilhação, perseguição, sofrimento dor... qual é o preço que paga tudo isto?

    Mas quando todos achavam que nada mais de ruim poderia acontecer, eis que surgem novidades. Com a vinda do Gabriel para a minha companhia no início de 2008, as visitas do Lucas começaram a se tornar cada vez mais raras, a mudança de comportamento começou a ocorrer. As acusações do Lucas começaram, primeiro pelas dificuldades financeiras que seriam decorrentes da redução do valor da pensão, que o Gabriel não gostava dele, etc. A distancia foi aumentando, a visita diminuindo. Algumas vezes protestei, discuti e finalmente deixei de lado.

    Após a viagem para o Pará nas férias de janeiro de 2009 e com a vinda da Bruna e Gabriela em junho do mesmo ano, percebi uma mudança radical de comportamento do Lucxs que se afastou definitivamente.

    O comportamento do Lucas mudou de forma radical, um menino antes carinhoso e atencioso, tornou-se agressivo e distante. Agora, me vejo novamente a mais de oito meses sem vê-lo, não há nenhuma restrição juridica para isto, o pedido do Promotor foi negado pelo Juiz e eu ainda mantenho o "Poder Parental", mas isto não mudou nada. O Lucas não tem mais celular, não possui mais página no orkut, não responde aos meus e-mails e as duas unicas tentativas com sucesso de falar com ele por telefone, foram frustantes. Ele está inomunicável e pelo que ouvi da ultima vez, acredita que existe uma ordem de restriação me proibindo de vê-lo ou falar com ele. Porque será?

    Estou sofrendo com esta situação, mas o meu sofrimento é infimo pelo sofrimento pelo qual o meu filho está passando, e não há palavra dura que ele profira ou despreso que eu receba que me faça sofre mais do que saber que tudo isto é significado de um mal muito maior e que pode ter conseqüências irrevessíveis para a vida dele toda.

    Mas não me preocupo só com ele, me preocupo com os milhares de pais e mães que passaram e passam pela mesma situação, me preocupo principalmente com os milhares de filhos, que assim como o meu se afastaram de seus pais ou de suas mães, porque do outro lado existia uma mente doentia e incosequente que não foi detida.

É préciso que o judiciário se capacite mais, dando um apoio e preparo maior aos seus profissionais do psicossocial. Psicólogos e Assistentes Sociais são importantíssimos para que problemas relacionados, não só a Alienação Parental, mas outros tantos casos tão ou mais sérios sejam mais rapidamente detectados. Com uma rara exceção, até o momento tive um ótimo exemplo com estes profissionais, tendo sido importantíssimo a formação completa deles, a quem devo agradecer e realmente tirar o chapéu. Mas quantos existem ainda que são despreparados?

A justiça retirou o meu direito de ser pai, fui condenado sem ter sido julgado, quero meu direito de volta, quer o direito de ser pai, JUSTIÇA!

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