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Pensamento





4 de jul. de 2008

Diálogo


Recebi recentemente a tarefa de falar sobre Diálogo em uma reunião do ECC e primeiramente pensei no diálogo familiar, mas ao pesquisar o assunto descobri outras dimensões a serem tratadas
Descobri o movimento dos Focolares logo após a minha separação, fui a um retiro procurando apoio para aquele momento e descobri muito mais do que pensava. Justamente por isto, uma das fontes de pesquisa e na minha opinião, a melhor, foi o site do movimento.


O caminho do diálogo delineia-se como via privilegiada para contribuir à realização do testamento de Jesus, “que todos sejam um”, seu projeto de unidade para a família humana na fraternidade, objetivo pelo qual nasceu o Movimento dos Focolares.

Os diálogos, caminhos para a unidade

Com a difusão espontânea do Movimento para além dos confins da Itália e da Europa, em cinco continentes e, por meio de circunstâncias bem definidas, abrem-se os diálogos, em nível individual, com personalidades, Movimentos e instituições, na fidelidade à própria identidade, com o testemunho da própria crença religiosa, na abertura e respeito para com a fé ou convicções alheias, evitando qualquer forma de sincretismo:

no seio da própria Igreja: entre Movimentos eclesiais, novas comunidades e associações leigas, com carismas antigos e novos das congregações religiosas, a fim de aprofundar a comunhão;

entre as diversas Igrejas cristãs: para tecer relações de comunhão fraterna e de testemunho comum, que fazem desmoronar preconceitos e abrem o diálogo da vida, do povo, como um fermento que pode acelerar o caminho da unidade visível entre os cristãos;

com os judeus: para sanar feridas seculares e redescobrir patrimônios e raízes comuns;

entre seguidores de diferentes religiões: para construir um mundo fraterno, fundamentado nos valores do espírito;

com pessoas de convicções não religiosas: para trabalhar juntos – tendo por fundamento os valores universais compartilhados – no âmbito da solidariedade, da paz e da justiça, pela fraternidade universal.

FONTE: http://www.focolare.org/page.php?codcat1=328&lingua=PT&titolo=os%20caminhos%20do%20di%C3%A1logo&tipo=

Mas é claro que não pude deixar de pensar na dimensão familiar do diálogo, já que os conflitos domésticos são inevitáveis. Mas a regra acima também serve para esta situação: "Que todos sejam um." A família é o núcleo da sociedade e de qualquer outra relação, portanto o diálogo deve começar nela. Uma grande amiga, anjo e terapeuta, Maria Eugência, sugeriu certa vez um exercício para o diálogo uma boa proposta é irmos para o barquinho infantil e brincarmos de gangorra, hora estamos em cima, hora estamos em baixo e hora estamos equilibrado. Nesta brincadeira observei o seguinte:

  1. A graça da brincadeira é alternar, hora estamos em cima, hora estamos em baixo, não tem graça ficar equilibrando.
  2. Para colocarmos alguém de "castigo", também ficamos de "castigo".
  3. Quem está de "castigo" é quem está em cima e só está lá porque nós ficamos em baixo, normalmente nos fazendo de vítima.
Experimente!!! Mas cuidado para não quebrarem o balanço.
Devemos atentar para um defeito que nós todos temos no diálogo, muito antes da pessoa terminar a pergunta, já estamos pensando na resposta e nem damos a devida atenção ao que a pessoa está falando.
Quando o diálogo é muitas vezes impossível, como são os casos em que envolvem pessoas ou grupos em conflito, exatamente o que acontece com ex-maridos e ex-esposas, sugiro duas coisas:
  1. Ver o outro como Jesus Abandonado, este é um conceito também do movimento dos focolares e em resumo significa, ver o outro exatamente como Jesus, nos seus maiores momentos de tristeza, dor e sofrimento.
  2. Normalmente a conversa direta é impossível, então chame Jesus para conversar com vocês. Pode parecer coisa de doido, mas não é! Sente-se em uma cadeira e coloque duas outras de frente para você, uma será a de Jesus e a outro da pessoa com quem você quer conversar. Ore pedindo a Jesus que se faça presente naquele momento e ajude no diálogo entre vocês. Peça perdão para aquela pessoa, perdoe-a também, peça perdão a si mesmo a Jesus pelos pecados que você cometou e deixe que a conversa flue naturalmente.
"Amar ao próximo como a ti mesmo." Está é a regra, em todas as circunstâncias e se não temos diálogo, o pedido de Jesus fica totalmente sem sentido.

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