Hoje de manhã ao ir para o trabalho me deu uma saudade do meu pai e resolvi telefonar para ele, para dizer o quanto eu o amo e o quanto ele foi importante para a minha infância e agora, como exemplo.
De certo, o meu pai não cometeu seus erros como ser humano, mas como pai, foi um grande companheiro, principalmente quando eu e meu irmão Renato eramos crianças. E como pai, apesar de todos os seus erros, jamais escolheria outro pai e para mim, não existe outro melhor.
As brincadeiras de ferrar luta na cama da minha mãe, que normalmente resultavam na cama quebrada e meu pai levando bronca da minha mãe, pela irresponsabilidade. Será que era irresponsabilidade mesmo?! Eu chamaria de amor! Porque era muito divertido e é uma das coisas mais gostosas que lembro da minha infância.
E quando ele rolava pela cama fazendo-se de trator e tinhamos que pular por cima de seu corpo para escapulir. Riamos tanto que o maxilar saia dolorido.
Certa vez, eu e meu irmão estavamos lá na cama ferrando luta, quando ele apareceu enrolado em um lenço, agachado, fazendo de conta que era um fantasma. O susto foi tão grande que eu e o Renato, que o medo nos frez saltar da cama e começamos a bater nas costas dele. Que se levantou aos risos.
As estórias, as piadas, os truques de cartas, ele mais parecia uma biblioteca ambulante. Fazia suas palavras cruzadas com tanta rapidez, que era impossível acopanhá-lo.
Engraçado era vê-lo ajeitar a dentadura na boca, era nojento, mas muito divertido.
Possuia uma habilidade com trabalhos manuais impressionante, perdi a conta das coisinhas que ele fazia com madeira, de carrinhos a caixinha de segredos, que sempre nos presenteava com um orgulho singular. Isto sem falar naqueles maquinhos que rodopiavam nas cordinhas de barbante, simplesmente fascinante.
Sabe Pai, se hoje sou um pai tão próximo dos meus filhos e gosto tanto de brincar com eles devo ao Senhor por este maravilhoso exemplo.
Reconheço hoje que os seus sofrimentos, sua infância dificil, sua adolescência complicada, seu inicio de vida adulta em combates nas terras da Itália e tantos outros problemas lhe fizeram errar muito, mas o Senhor deu a um filho o que mais de belo ele pode ter, o exemplo de como ser um pai carinhoso.
EU TE AMO, PAI!
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